Histórico
Um
pouco de história...
Esse projeto nasce da necessidade de exercermos, cotidianamente,
nossa condição de multiplicadores de uma visão
de mundo que nos orienta a vida. A abordagem gestáltica se
configura em pano de fundo de nossas práticas, como psicoterapeutas,
professores, atores sociais.
A idéia de criar o “Laboratório Gestáltico:
configurações e práticas contemporâneas”
surgiu a partir da demanda dos alunos da Graduação
em Psicologia do Instituto de Psicologia/UERJ em obter maior conhecimento
sobre a abordagem gestáltica. Vale ressaltar que a UERJ foi
a primeira universidade a adotar a Gestalt-Terapia como disciplina
obrigatória em sua grade curricular, mantendo a Abordagem
Gestáltica como possibilidade de estágio especializado,
junto com outras universidades. Essa casa acadêmica inscreve,
portanto, seu pioneirismo na história da formação
do psicólogo, apesar de manter, até os dias de hoje,
um número restrito de professores nessa área.
“Não são as correntes que atam os
corpos dos homens, mas as correntes que atam as mentes dos
homens” (Barry Stevens).
Na universidade, local onde esse projeto de extensão se insere,
há, ainda, pouco espaço - comparativamente –
para a expansão desse olhar. Olhar o mundo segundo uma perspectiva
gestáltica é acreditar que nos orientamos na vida
segundo um fluxo constante figura-fundo, onde aquilo que se faz
presente, aquilo que nos “aparece’ se configura numa
gestalt, a partir da nossa relação no mundo. Esse
fluxo só faz sentido quando o afirmamos como percepção
de um todo, integrando sentidos, emoção, razão.
O contexto acadêmico, tradicionalmente pautado por uma lógica
positivista, nem sempre valoriza o conhecimento que provém
da experiência, ou seja, da vida vivida onde se faz fazendo,
exercício de possibilidades. Através do Laboratório
Gestáltico, resgatamos, aqui, o olhar acerca das práticas
que se desdobram no cotidiano do nosso fazer, compreendendo-o como
uma totalidade sem as clássicas dicotomias homem/sociedade,
ciência/natureza, razão/emoção.
“Em psicologia, mais do que em qualquer outra ciência,
observador e fatos observados são inseparáveis”
(Fritz Perls)
Iniciamos esse projeto de extensão desenvolvendo e divulgando
a inspiração fenomenológico-existencial que
alicerça a abordagem. A partir do ano de 2012, no entanto,
atualizamos seu nome, coerentes com o caminho tomado pelo projeto
ao longo do tempo que o configurou muito mais como um espaço
de reflexão acerca dos fenômenos contemporâneos
e as práticas a eles relacionadas, uma antropologia gestáltica
do mundo em que vivemos
Não se trata apenas de aprendermos uma teoria,
e muito menos uma técnica: estamos diante de uma forma
diferente de existir e de encarar a nós mesmos, os
outros e o mundo”(Walter da R. Ribeiro)
Continue a construir conosco essa história!
Eleonôra Torres Prestrelo (coordenadora)
Laura Cristina de Toledo Quadros (vice-coordenadora)
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